DVD mostra o mundo aos pés de Beyoncé.
DVD documenta a turnê I Am... World Tour, da estrela americana Beyoncé, que passou por Salvador no dia 10 de fevereiro deste ano: 32 países.
No dia 10 de fevereiro de 2010, 45 mil baianos presentes no Parque de Exposições de Salvador assistiram ao show da cantora mais poderosa atualmente do show business mundial: Beyoncé, 29 anos. Uma noite que entrou para a história da cultura pop de Salvador.
Era o encerramento da etapa brasileira da turnê mundial da estrela americana: foram mais de 100 apresentações em 32 países, de seis continentes, para mais de 1,1 milhão de pessoas. Dirigido, editado e produzido por Beyoncé, o DVD I Am... World Tour (Sony) é um documento musical da turnê. Com 1 hora e 39 minutos e legendas em português, o DVD intercala trechos das performances ao vivo - pinçados de quase todas as 78 cidades por onde o show passou - com algumas imagens da cantora nos bastidores do espetáculo, hotéis, aeroportos etc. DVD documenta a turnê I Aam... World Tour, de Beyoncé, que passou por Salvador.
“Vadia” Como tudo que Beyoncé faz, o DVD é bem produzido e a edição, ágil e criativa, faz com que o espectador sinta realmente a atmosfera do show: do início frenético com Crazy in Love - com participação especial do rapper e maridão Jay-Z -, ao clima de comunhão com a plateia no megahit Halo. Como a turnê durou de março de 2009 a fevereiro deste ano, Beyoncé algumas vezes comenta - sem drama, embora derrame umas duas lágrimas - como é cansativo passar tanto tempo na estrada. Em um dos melhores momentos, em um shopping de Tóquio, ela diz que sair às compras, sempre cercada de vários seguranças, é como estar numa redoma sendo observada em tempo integral: “Tenho que estar sorrindo o tempo todo, senão podem pensar que não sou uma pessoa legal”. Entrevistado, um fã japonês mostra irritação por Beyoncé não ter lhe dado atenção e chama a artista de “vadia” para o câmera man. O câmera argumenta que a cantora, dentro de uma loja Prada, pode não ter ouvido ele chamar. O fã não diminui a raiva e repete: “Ela é uma vadia”. Após mais um número musical, a cena seguinte mostra Beyoncé saindo da loja e cumprimentando o fã adolescente, que se derrete todo de emoção e faz mil juras de adoração. Em off, ouve-se a voz do câmera dizendo: “Se ela soubesse!”. Salvador Black music
Em ritmo frenético, cada performance musical é uma colagem de imagens dos shows em várias partes do mundo, com o nome da cidade surgindo num piscar de olhos no canto direito superior da tela.
O gargarejo do público soteropolitano aparece já no finalzinho, numa imagem apenas, quando Beyoncé canta Single Ladies. Cenas das apresentações no Rio de Janeiro e São Paulo aparecem mais de uma vez.
Musicalmente, o espetacular show de Beyoncé é um resumo da história do pop americano de origem negra: do gospel ao R&B que flerta com o hip hop, passando pelo soul, funk e pelas guitarras roqueiras.
E, atenta às transformações históricas, a cantora intercala imagens dos movimentos civis negros dos anos 60 à cerimônia de posse do presidente Barack Obama, na hora que canta At Last.
Texto e Fonte: O Correio* | O Que A Bahia Quer Saber.